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LANÇAMENTO EM BREVE!

Poesias

MARY ANE

STANISLAW AZIR

O livro Mary Ane começa com algumas homenagens a amigas que tive no Ensino Médio no ano de 2004 no Colégio Santa Catarina, no bairro de Casa Amarela - Recife - PE. Desde menininho sempre tive mais amigas que amigos. Lá nesse colégio “de freiras” eu fiz o meu terceiro ano. Era o meu segundo ano de escrita quase diária. Nessa época, a poesia virou tudo para mim: minha amiga e confidente, minha psicóloga e conselheira.

 

Tinha saído um ano antes da casa de meus pais para viver a vida reclusa do Seminário Menor Imaculada Conceição (SEMIC) em Apipucos, bairro nobre e tradicional na “zona verde” de Recife.

 

Considere este livro, portanto, como um produto de uma mente jovem se descobrindo, analisando o que se passa ao redor de si e tentando tirar proveito de toda experiência nova, colhendo aprendizados. Eu era um jovem repleto positividade na mente e de erros no currículo, mas cheio de esperança na vida, no ser humano e principalmente em Deus. O antigo embate da alma versus corpo estava em mim e eu lutava contra minhas contradições enquanto lidava com as dificuldades de se viver num grupo mutável que pretendia ser uma “comum-unidade” e mais ainda uma família cristã, que podia contar com 14 pessoas num ano, 20 membros no ano seguinte e 24 pessoas em outro ano.

 

Aviso importante: Não queira me desvendar nessas linhas. Cada humano é um mistério, até para si mesmo. Nem eu consigo! Mas também não posso negar que compartilhamos muito de muitas características e pertencimentos. Enfim, o que quero dizer é que neste livro tem muita suspensão de consciência porque quando escrevemos não podemos nos limitar a nós mesmos; podemos ser o outro, falar em nome do outro, tomar o lugar do outro, sob um ponto de vista diferente e muitas vezes contrário a nós mesmos, tal qual advogado do diabo. Além de tudo sou ator, então minha poesia também é teatral nesse sentido. Na arte não há limites para a criatividade, para a simulação e para a dissimulação. A poesia se presta a tudo isso!

 

Assim sendo ou não sendo, para clarificar o obscuro, a minha poesia se assenta primeiramente na espiritualidade, depois da filosofia e por último na psicologia. Se me perguntares quando foi a origem da minha arte direi que comecei a escrever com 14 anos - pelo que me lembro - e só fiz o curso de Letras quando tinha 25. Essa louca paixão (e qual paixão não é insana?!) pela escrita me fez querer ler mais, conhecer mais, ser mais (ler-conhecer-ser). A necessidade de expor minhas opiniões secretas ou públicas em livro foi minha terapia contra a insanidade desde mundo durante minha estada de 8 anos no convento. Bom, eu tentei. Graças a meu bom Deus indígena nada funcionou: continuo cada vez mais louco e cada vez mais poeta!

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