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LANÇAMENTO EM BREVE!

Poesias

OUTRO AMOR

STANISLAW AZIR

Escrever é uma atividade teórica ou prática? Houve um tempo que achei que era “res teoris”, houve um tempo que vi mais “praxis” nessa arte. Hoje em dia, 16 anos após meus primeiros poemas vejo que ela é uma moeda com duas faces igualitariamente relevantes.

Atividade (práxis) e passividade (teoria) são relativas diante da poesia: o escritor pode se ver como ativo quando escreve, mas o que ele escreve para outros, “recebe” da inspiração que a sua contemplação produziu; e isso também é passividade. São atividade simultâneas? Sim. O leitor pode se ver como ser passivo lendo um livro poético, mas sua visão de mundo e seus anseios o fazem ler de  forma ativa, seletiva e crítica. Se assim não fosse, leria de tudo, não excluiria nada e não teria opinião formada sobre nenhum autor ou obra.

A prática em si não faz um homem comum ser poeta, ele precisa da contemplação, o ócio, de tempo livre para observar, refletir e assimilar; assim como a teoria apenas não faz do homem um bom soldado. Ele precisa praticar, praticar, praticar até seus músculos se tornarem autônomos. Assim como os filósofos, os poetas não são da ação propriamente dita, mas da palavra e do conhecimento. E conhecer é conhecer. Tanto o conhecimento teórico quanto prático, são “Conhecimento”.

O poeta trabalha na linha tênue do que é “ser, conhecer e agir”. A sua ação no mundo é uma ação “intra livro” e “extra livro”, pois o poeta está dentro e fora do livro ao mesmo tempo. É por esse critério que vamos julgar se um poeta é coerente ou não com sua arte e com seu leitor. O poeta não existe apenas no livro; vive no mundo e o mundo vive nele! E é seu desafio descobrir o que é “ser neste mundo”, o que “ser este mundo”, e o que é ser “apesar deste mundo”. Substitua-se nesses axiomas a palavra “mundo” por “HOMEM” e o resultado é o mesmo. 

A “humanidade”, essa qualidade que nos faz ser quem somos, está em nós como uma “benção” e uma “maldição”. Não obstante, assim são as coisas do coração: ambíguas, confusas, histéricas e até sonhadoras. Ainda bem que sonhos não são apenas sonhos, mas combustíveis para sua própria realização!

O poeta, nesse meio ambiente perigoso, não é modelo de conduta ética ou moral, mas modelo de coragem. Coragem de se expor, de expor suas falhas, suas dúvidas, seus medos quando muitos não a tem. É falho como qualquer um, mas só não falha em uma missão salutar; quando abre sua alma ao mundo para que todos saibam do que é feito nossa sublime e ao mesmo tempo detestável matéria-viva: paixão e necessidade.

Destarte, o que é a vida, senão estar apaixonado pelo que se acredita necessitar; e necessitar estar sempre apaixonado para não passar necessidade!? Não é preciso muito além para se manter vivo! Pois, quem procura “se” acha. Quem deseja “se” conquista”. Um dia chamaram a paixão de esperança e disseram em alto e bom som: “A esperança é a ultima que morre” e “Sem esperança não há vida, enquanto houver vida, há esperança”. Esperança é paixão! Encontre a sua paixão e procure fazer acontecer!

 

Sobre isto é meu livro, leia-o com paixão e tenha compaixão dos seus irmãos!

Sobretudo de mim!

(Risadas, cortinas se fecham, páginas se abrem...)

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