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FÉ, POLÍTICA E PRISÃO

Pastoral Carcerária e

Administração Prisional

ANA MARIA DE BARROS

Este livro é resultado de minha Tese de doutorado, onde estudei a experiência da Pastoral Carcerária de Caruaru na administração da Penitenciária Juiz Plácido de Souza (PJPS), para a sua publicação realizei recortes para que a leitura possa fluir para o leitor com maior facilidade, retirei do trabalho as questões mais técnicas e metodológicas que poderiam tornar a leitura menos atrativa, e optei por contar a história a partir dos documentos, dos sujeitos e da percepção da autora sobre a vivência de anos como pesquisadora/educadora na prisão. A razão resolver publicar este trabalho que defendi em 2007 no doutorado de Ciência Política da UFPE se dá por algumas razões: a primeira é o registro histórico já que muitos destes sujeitos estão vivos, construíram uma história singular que ainda não foi contada em livro e acompanhei de perto, às vezes imaginando que fazia parte de um interessante roteiro de cinema. A segunda razão é política, pois é uma experiência que dificilmente aconteceria no atual cenário político autoritário e conservador, em que as políticas de segurança pública passam por um momento de extrema repressão, e de descaso com os Direitos Humanos e de desprezo pelas políticas de ressocialização e pela pessoa humana do detento (a). Também considero relevante o conhecimento da experiência colegiada de decisões com agentes penitenciários, com os gerentes prisionais na esfera do governo do Estado e com os detentos numa vivência cívica e cidadã, que merece seu registro através dessa publicação. Em se tratando de história, a responsabilidade de contar esta aventura democrática e de Direitos Humanos na prisão em Pernambuco, é partilhada com os entrevistados que me ajudaram a reconstruir parcialmente o que foi vivenciado naqueles anos e seus impactos nas políticas públicas de segurança pública no Estado de Pernambuco. O meu olhar sobre esta história é o olhar de alguém da sociedade civil, que esteve presente em muitos momentos narrados pelos entrevistados (as) e que tem muito orgulho de fazer parte dessa aventura de cidadania e Direitos Humanos na prisão.

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